UFPI vai criar protocolo de enfrentamento à violência de gênero

Da Redação

Com o intuito de contribuir com a criação do protocolo da Universidade Federal do Piauí de enfrentamento à violência de gênero, o Reitor da UFPI, Gildásio Guedes, recebeu nesta sexta-feira (3/1) a equipe da Secretaria de Estado da Mulher. Na ocasião, que contou com a presença do Grupo de Trabalho responsável pela temática na Instituição, foi tratada a implantação do protocolo espanhol “No Callem”, adaptado à realidade do estado do Piauí. Essa é uma das medidas adotadas após o assassinato da aluna Janaina da Silva Bezerra nas dependências da UFPI.

Em sua fala, o Reitor Gildásio Guedes reforçou a Universidade como espaço democrático. “Nós reconhecemos a importância do movimento estudantil para a conquista de inúmeros direitos. Desse modo, queremos a participação não só de nossos professores e gestores, mas dos estudantes na produção deste protocolo de enfrentamento. É o momento de somar forças”, enfatizou.

Segundo a Secretária de Estado da Mulher, Zenaide Lustosa, o momento é oportuno para expandir o debate sobre violência de gênero e o feminicídio. “Nós estamos em uma estrutura de sociedade patriarcal e machista, então é preciso haver a desconstrução social e também das instituições para que possamos vencer esse desafio”, afirmou.

Para a Presidente do GT em enfrentamento à violência de gênero no âmbito da UFPI, Professora Edna Magalhães, a reunião foi essencial para colaborar com o protocolo a ser desenvolvido pela Universidade. “O protocolo não será uma peça burocrática, mas tornar uma ferramenta de ação constante uso na comunidade acadêmica. Pretendemos criar uma nova cultura em que haja o debate sobre violência de gênero desde o seminário de introdução de curso em cada graduação. Nesse sentido, queremos ressaltar que o eixo do nosso grupo de trabalho é a violência contra mulher, pessoas LGBTQIA+ e qualquer público em situação de vulnerabilidade”, pontuou.

Entre as contribuições já implementadas pela Secretaria de Estado da Mulher está a capacitação de gestores. “A Lei Maria da Penha faz pensar políticas educacionais que estamos colocando em prática nas escolas do estado em diálogo com alunos, professores e servidores. Assim, gostaríamos de estabelecer contato com os grupos de pesquisa da UFPI, sobretudo os que estudam gênero, para também desenvolvermos essas ações por aqui”, destacou a Diretora institucional e de Ações Temáticas da Secretaria da Mulher, Ianara Evangelista.

A audiência também contou com a presença da Diretora de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SEMPI, Ana Cleide Nascimento; da Coordenadora do Centro de Referência da Mulher “Francisca Trindade”, Joelfa Farias; da Defensora Pública, Lia Medeiros; dos membros do GT da UFPI: professora Socorro Borges (CCE/UFPI), professora Clêania de Sales Silva (DGov/UFPI), professora Flávia Lorenne (SRH/UFPI), Kleyson Matos (Psicólogo da PRAEC/UFPI), professora Elnora Gondim (CCHL/UFPI) e professora Deborah Dettmam (PREXC/UFPI). Ainda estiveram na reunião, a Superintendente de Ensino, Básico, Técnico e Tecnológico, Virgínia Muniz; a Assessora Internacional da UFPI, Juliana Paz; o Pró-Reitor de Planejamento, Luís Carlos Sales; e a professora Maria Francinete Damasceno (Ouvidoria/UFPI).

Com informações da Ascom UFPI