Por Estadão Conteúdo
Um tremor de terra foi registrado, neste domingo, 31, no litoral do Rio Grande do Norte. De acordo com o Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis/UFRN), o evento sísmico teve magnitude preliminar calculada em 3.7 mR e ocorreu às 16h05. O abalo foi sentido por moradores da capital Natal e também de cidades litorâneas do extremo norte do estado.
Pelas redes sociais, moradores da região relataram o momento. “E esse tremor de terra em Natal? Alguém mais sentiu tremer ou foi só aqui em casa?”, perguntou um internauta pelo Twitter. Um outro usuário contou que sentiu as janelas balançarem e o sofá vibrar. A surpresa também foi compartilhada por outro morador, que narrou: “Minha cama balançou, achei que tinha sido meu filho no colchão ao lado. Mas vi que ele não estava no quarto. Deixei pra lá. Porém, agora soube que a terra tremeu em Natal. Caramba!”
De acordo com o coordenador do LabSis, Aderson Farias, embora os moradores de Natal tenham sentido a terra tremer, o abalo foi captado, na verdade, pelas estações sismográficas da cidade de Touros, distante 85 quilômetros da capital. “O evento teve energia suficiente para ser sentido em várias partes da capital, mas o foco dele foi no litoral de Touros”, esclareceu. Como explicou o especialista, o Brasil está localizado sobre uma placa tectônica, o que reduz as chances de ocorrerem terremotos no País.
No entanto, tremores como os de hoje são provocados, principalmente, por falhas geológicas. “Algumas vezes essas falhas são reativadas e, quando isso ocorre, parte da energia que estava acumulada é liberada na forma de vibração, a qual é transmitida pelo interior da terra e chega a diversas regiões”, disse Farias. Para o coordenador, uma escala de 3.7 mR não é considerada alta e não oferece riscos. “Não há motivos para preocupação se as construções das cidades forem bem feitas e com uma distância segura. Mas não podemos garantir que não vai ocorrer outros eventos de magnitudes maiores ou menores. Não temos como prever. Por isso, o monitoramento constante é importante”, acrescentou.