O secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira, deu início à distribuição do livro “Ainda Estou Aqui”, de Marcelo Rubens Paiva, para estudantes da Rede Pública Estadual de Ensino. A entrega simbólica ocorreu no Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) João Henrique de Almeida Sousa, em Teresina, que se destacou como a melhor escola em Redação no Enem 2024.
A iniciativa foi anunciada pelo governador Rafael Fonteles em janeiro, como parte de um esforço para promover a cultura e o conhecimento histórico entre os jovens. “Este livro, que inspirou um filme, tem um papel importante em fortalecer nossa democracia”, afirmou o governador.
O secretário Washington Bandeira, destacou o Ceti João Henrique como o local ideal para a entrega dos primeiros exemplares, elogiando o desempenho da escola em avaliações como Saeb, Ideb e Enem. “O Ceti João Henrique é um exemplo de excelência, com 71 notas acima de 900 pontos na Redação. Isso não é apenas um reflexo do esforço de alunos e professores, mas também da importância de investirmos em projetos de leitura e escrita. Ao fomentar a leitura, estamos preparando nossos jovens para se tornarem cidadãos críticos e engajados, capazes de contribuir para a sociedade”, ressaltou o secretário.
Uma reflexão sobre a ditadura militar
“Ainda Estou Aqui” narra a história da família de Marcelo Rubens Paiva durante a repressão da ditadura militar, incluindo o assassinato de seu pai, o ex-parlamentar Rubens Paiva. A obra também destaca a trajetória de sua mãe, Eunice Paiva, uma advogada pioneira na defesa dos direitos dos povos originários.
Clube de Leitura: um impulsor de resultados
Os alunos do Ceti celebraram a chegada do livro, especialmente os membros do Clube de Leitura, que receberam o anúncio de “Ainda Estou Aqui” como tema da edição deste ano do LiterArte, evento literário promovido pela escola desde 2009. O foco deste ano será a Ditadura Militar, um tema de relevância histórica e social.
O Clube de Leitura tem sido fundamental para o bom desempenho dos estudantes no Enem. No ano passado, o projeto abordou a “Herança Africana”, com leituras de obras como “Quarto de Despejo” de Carolina Maria de Jesus, que ajudaram a preparar os alunos para a redação do exame. “Estudamos sobre a herança e saberes de origem africana, que fazem parte de nossa cultura. Essa conexão com a literatura nos ajudou a entender melhor nosso papel na sociedade, disse Letícia Maria Oliveira, aluna do 3º ano e membro do clube.
Luiz Eduardo de Sousa, também do 3º ano e membro veterano do Clube, complementou: “Nosso objetivo é estimular a leitura e a escrita literária, abordando assuntos atuais e relevantes”.
Expansão do Laboratório de Redação
Durante a entrega, o secretário também anunciou a ampliação do Laboratório de Redação Seduc. Em 2025, o projeto contará com 1.280 alunos e 42 professores, dobrando o número de vagas e salas de aula em todo o Piauí. Além disso, as gratificações dos professores aumentarão de R$ 350,00 para R$ 600,00.
“Nossos esforços convergem para um projeto maior e de ainda mais sucesso. Esperamos que as aulas comecem em abril”, concluiu Washington Bandeira.
A distribuição do livro e a realização do LiterArte não apenas enriquecem a formação dos estudantes, mas também promovem um diálogo essencial sobre a história do Brasil, contribuindo para a construção de uma sociedade mais consciente e participativa. A experiência do Clube de Leitura se destaca como um modelo eficaz de como a literatura pode impactar positivamente a educação e a formação crítica dos jovens.
