O governador Rafael Fonteles participou, nesta quinta-feira (28), da assinatura do aditivo para a conclusão da Transnordestina, ao lado do presidente Lula. O acordo garante um crédito de R$ 3,6 bilhões para a finalização da primeira fase da ferrovia, que conectará Paes Landim (PI) ao Porto de Pecém (CE), com um repasse anual de R$ 1 bilhão até 2026. A obra, que abrange mais de mil quilômetros de trilhos, tem como objetivo fortalecer a logística de transporte de grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis e minério, especialmente voltados para a exportação.
O presidente Lula destacou a importância estratégica da Transnordestina, comparando-a a outras grandes obras do país, como o Canal do São Francisco. “Essa ferrovia vai transformar a vida de muita gente no Nordeste. Enfrentou diversos desafios, mas com vontade política conseguimos avançar. O país precisa de soluções logísticas mais eficientes, e a Transnordestina terá um papel fundamental nisso”, afirmou. O primeiro trecho da ferrovia já está 70% concluído, com previsão de término até 2027, e o segundo até 2029.
Rafael Fonteles enfatizou que a Transnordestina será um marco para o desenvolvimento logístico do semiárido e para a economia do Nordeste. “É uma obra demorada, que teve vários percalços, mas que finalmente terá o financiamento adequado para a sua conclusão. No Piauí, uma parte já está concluída, agora o plano de trabalho está sendo no Ceará e depois teremos uma outra etapa no Piauí, que será importante para a região sul e sudeste. Com a nova ordem de serviço e a garantia de recursos via Banco do Nordeste e BNDES, acreditamos que a obra será realmente concluída em 2027. A Transnordestina, aliada à transposição do rio São Francisco, são obras estruturantes para o Nordeste, que garantem acesso à água e competitividade logística para a região”, destacou.
Fórum Nacional de Governadores
Além da assinatura, o governador participou também da 15ª edição do Fórum de Governadores, onde foram discutidos temas como segurança, saúde, assistência social e a reforma tributária. Rafael ressaltou a necessidade de ajustes na proposta que tramita no Congresso, abordando questões como a função tributária, a gestão do ICMS sobre combustíveis e a maior autonomia para os fiscos estaduais. “A reforma tributária é um avanço importante, mas precisamos aperfeiçoar o texto para garantir um sistema mais eficiente e equilibrado”, concluiu.