Com o intuito de coibir a violência nas escolas da rede pública estadual, o comandante da Companhia Independente de Pelotão Escolar (Cipe), Capitão Carmos, esteve nesta quarta-feira (08) reunido com gestores de escolas da 21ª Gerência Regional de Educação (GRE), região do grande Dirceu, em Teresina. A Cipe finalizou a primeira etapa do ciclo de formações continuada para Gestores da Rede Pública Estadual, das zonas Norte, Sul e Sudeste da Capital.
Com o tema “Segurança e Gestão de Riscos no Ambiente Escolar”, os gestores receberam orientações sobre análise de riscos e diagnóstico da segurança escolar, controle de acesso às dependências da escola, condutas de prevenção de crimes no perímetro escolar e estratégias para elaboração do protocolo de segurança escolar.
O comandante da Cipe esclarece que na reunião com os gestores foram dados subsídios para que eles desenvolvessem um plano estratégico de segurança para as escolas e formação de uma equipe de segurança escolar.
“Na oportunidade, nós levamos conhecimento com relação à distinção entre perigo e risco, formação de uma equipe para agirem prontamente quando ocorrer uma situação de risco na escola, tipo um incêndio, uma invasão na escola por algum elemento que venha a querer praticar algum roubo, até que a polícia chegue para minimizar a ação daquele infrator. Também passamos orientações quanto à distinção entre atos de indisciplina escolar e atos que tenham conotação de crime, que tenham tipificação realmente de crime e que envolvem a questão de uma ação policial”, enfatiza capitão Carmos.
Outro aspecto abordado foi o controle de acesso às escolas, envolvendo o método da utilização do crachá para o visitante para identificá-los, o livro de visitantes possibilitando que a escola tenha o controle de quem teve acesso ao seu ambiente.
“Também alertamos as escolas com relação à presença do vigia. Ele deve estar na escola também nos finais de semana e feriados. A escola tem que ter rigidez nesse controle da permanência do vigia, principalmente na portaria, afim de que se evite o acesso de pessoas de má fé. Orientamos, ainda, com relação à exigência do uniforme, se possível até para os servidores. Apresentamos um formulário de autoavaliação, que será utilizado pelas viaturas que farão as visitas nas escolas, onde o próprio gestor preenche esse formulário com as vulnerabilidades e possamos fazer um planejamento de ação em conjunto com outros órgãos”, completa o comandante.
A companhia independente de policiamento escolar tem como essência o policiamento comunitário, fazendo um assessoramento junto às escolas e, em último caso, a repressão ao crime.
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) já conta com a parceria da Polícia Militar do Piauí quanto à proteção via rondas ostensivas e resolução de conflitos no âmbito das unidades de ensino por meio da Cipe, além da proteção orgânica por muros, cercas eletrônicas e concertina.
A gerente da 21ª GRE, Walderice Rodrigues, revela que no encontro com a Cipe foram repassadas informações sobre o comportamento do gestor, como proceder diante das situações adversas de violência para garantir a segurança na escola.
“É importante sabermos como devemos nos portar para evitar certas situações, desde assaltos, a própria violência dentro da escola, como proceder com os portões, quem acionar em determinadas situações. Posteriormente, será realizado outro momento com os agentes de portaria”, relata a gerente.
Outro aspecto da reunião foi a necessidade de envolvimento proativo entre escola e a comunidade em que a mesma encontra-se inserida.
“Recebemos também orientações de como a escola pode montar uma equipe que auxilie na segurança, a partir do posicionamento do vigia até que reforcem a proteção, como botão do pânico, câmeras para evitar ou minimizar as consequências de um momento conturbado que possa acontecer”, reforça Walderice Rodrigues.