
O governador Rafael Fonteles destacou, em entrevista, nesta segunda-feira (17), o protagonismo do Piauí no processo de descarbonização por meio do hidrogênio verde. O estado está na fase final de licenciamento para implantação das primeiras indústrias voltadas à produção dessa matriz energética, que será um dos pilares da transição energética global.
A estratégia do governo é aproveitar o vasto potencial do Piauí em fontes renováveis, como energia solar e eólica, para viabilizar projetos inovadores de hidrogênio verde. A iniciativa impulsiona a geração de empregos e fortalece a economia sustentável, alinhando o estado às políticas nacionais e internacionais de redução das emissões de carbono.
“O principal vetor para a descarbonização é o hidrogênio verde, já consagrado no mundo, produzido a partir de energia limpa. O Piauí é destaque global nesse setor, sendo o terceiro maior produtor de energia solar e eólica do Brasil, com uma geração sete vezes maior do que o consumo estadual. Agora, estamos avançando na implementação dessa nova matriz energética. O processo exige uma série de licenciamentos, e já estamos na última etapa”, explicou Fonteles.
Projeto bilionário na ZPE de Parnaíba
Um dos principais investimentos nessa área é o projeto aprovado para a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Parnaíba. A empresa Solatio investirá cerca de R$ 27 bilhões na produção de hidrogênio e amônia verdes, com capacidade anual de 3 GW. A expectativa é gerar 2,7 mil empregos diretos e indiretos.
“Agora, precisamos da autorização do Operador Nacional do Sistema Elétrico para a conexão. Só uma dessas indústrias consome mais energia do que todo o Piauí. Isso mostra o potencial do estado para liderar a transição energética”, ressaltou o governador.
Com esses avanços, o Piauí se posiciona na vanguarda do mercado energético global, consolidando-se como um dos principais polos de energia renovável do Brasil.