Na abertura da Semana da Justiça Pela Paz em Casa, o vice-presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Manoel Dourado, pontuou a importância de cada magistrado e magistrada no enfrentamento da violência contra mulher. Para ele, julgar mais processos é um compromisso e uma resposta do Judiciário no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.
A iniciativa foi idealizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, no Estado, é uma realização da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica do Poder Judiciário do Piauí (CEM/TJ-PI).
Segundo ele, não há mais espaço no Judiciário para que as mulheres possam ser revitimizadas com a longa espera para o julgamento dos processos. “Cada juiz e juíza precisa administrar os processos e as pessoas, precisam julgar. Esse é o foco. As mulheres vítimas não podem mais sofrer por não verem seus agressores julgados. Já estamos em uma fase avançada da campanha da Justiça Pela Paz em Casa e precisamos do empenho de todos”, disse o desembargador.
O vice-presidente assinalou, ainda, que a mulher, embora figure como vítima no contexto da Semana, é, na verdade, protagonista, pois tem conseguido alcançar mais destaque nesta luta contra violência doméstica. “Dessa forma, agradecemos à desembargadora Eulália Pinheiro pela dedicação em assumir a Supervisão destes trabalhos e a todas que fazem a Coordenadoria da Mulher. Assim, reafirmamos o discurso do presidente Hilo de Almeida, também empenhado nesta causa, até porque o Judiciário é, cada vez mais, transformador da vida social e cumpre papel importante”, argumentou.
Para a juíza Keylla Ranyere, coordenadora da Coordenadoria da Mulher do TJ-PI, as ações da Semana da Justiça Pela Paz em Casa e os julgamentos em forma de esforço concentrado são formas também de conscientizar a sociedade sobre esse problema. “É um meio para darmos visibilidade ao problema e chamar atenção sobre os casos de violência contra a mulher. É também um convite a uma reflexão sobre o que alimenta este tipo de violência. Trata-se de um problema complexo e que precisa de uma atuação conjunta. No âmbito do judiciário atuamos em rede com outras instituições”, disse.