O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi) realiza, nesta sexta-feira (20), às 10h, uma roda de conversa sobre o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Durante a ação, serão realizados novos cadastros e grupos de alunos da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e Uninassau participarão de um bate-papo com pessoas que já doaram medula óssea.
A atividade será realizada em alusão ao Dia Mundial do Doador Voluntário de Medula Óssea, comemorado desde 2014 no 3º sábado de setembro. Os hemocentros de todo o país são responsáveis somente pelo cadastro de doadores de medula óssea e, em casos de compatibilidade, entram em contato como possível doador para informar e saber se a pessoa realmente tem interesse em doar.
“A primeira etapa é o cadastro, pelo qual somos responsáveis. Todo o processo a partir daí é conduzido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), que é o órgão no Brasil que gerencia o Redome. Além do cadastro, o doador precisa manter seus dados sempre atualizados para facilitar o contato em casos de compatibilidade”, explica Rafael Alencar, diretor-geral do Hemopi.
O Brasil possui 5.784 307 pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Desses, 99.539 são do Piauí, número que corresponde a aproximadamente 3% da população geral do estado, e está dentro do percentual mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Um dos grandes desafios é buscar por uma maior diversidade de perfis cadastrados no Redome e, assim, aumentar as chances de compatibilidade para quem está na fila de espera por um transplante.
“Os bancos de doadores são interligados em todo o mundo e, mesmo assim, ainda existem muitos casos onde não se encontra um doador compatível dentro desses registros. Por isso, é importante estar sempre em busca de novos doadores e com perfis diversos”, pontua Rafael Alencar, diretor-geral do Hemopi.
O doador pode atualizar seus dados cadastrais tanto no site www.redome.inca.gov.br quanto pelo aplicativo Redome, disponível para celulares com sistema IOS e Android. No aplicativo, além de atualizar o cadastro, o usuário tem acesso a carteirinha e a declaração de doador de medula óssea. Entre 1º de janeiro e 17 de setembro de 2024, o Hemopi realizou 1.395 novos cadastros. “Faltam apenas 461 cadastros para alcançar 100 mil doadores voluntários no Piauí”, destaca Rafael Alencar.
Para se tornar um doador de medula óssea é preciso:
• Ter entre 18 e 35 anos de idade (o doador permanece no cadastro até 60 anos e pode realizar a doação até esta idade).
• Um documento de identificação oficial com foto.
• Estar em bom estado geral de saúde.
• Não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação de medula óssea. A lista esta disponível através desse endereço eletrônico: https://redome.inca.gov.br/doencas-impeditivas-do-cadastro-e-da-doacao/
Mais de 80 doenças têm indicações de realização de transplante de medula óssea para tratamento. O Brasil possui o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo. A chance de se identificar um doador compatível na fase preliminar é de até 88%.