
Faroeste incomum: Um dos poucos títulos do faroeste com o protagonismo negro nas telas. Cartaz: DVD
Ontem, oficialmente, fiz meu debute numa publicação literária oficial.
Traduzindo: Publiquei, coletivamente, um livro por uma editora tradicional. O lançamento se deu na Universidade Federal do Piauí (UFPI) dentro de um evento do programa de pós-graduação em História e juntou boa parte dos autores.
Fiquei bastante satisfeito com meu artigo (Olha… quem fala que está satisfeito, comete “mentira histórica”) e como uma boa franquia, deixei aberta uma janela (na gíria cinematográfica chamamos de “cliffhanger”) para uma boa e desafiadora continuação.
Além do meu artigo, o livro – “Traços De Uma História Multifacetada” (Ed. Cancioneiro) – compartilha outros textos que envolvem imprensa, juventude, telenovelas, militarismo, política, horror, humor, e no meu caso, a negação de regras artísticas convencionais para promover o protagonismo negro no cinema estrangeiro.
Bang-bang e black music: Quebrando todas as regras com as próprias regras. Leia o artigo e veja. Cartaz: Divulgação
Me emocionei e me surpreendi de muitas formas ao assistir o faroeste “Vingança & Castigo”. Primeiro como espectador, e logo em seguida como pesquisador. Vi que ali ocorria (ou prosseguia) um movimento, como venho observando, que não está sendo observado devidamente por analistas ou acadêmicos.
(Amigos e amigas, se vocês querem academicizar o cinema, por favor, peço/sugiro que nunca percam a diversão também, tá? Senão você vai virar só um intelectual (se conseguir) chato.)
Prf. Dr. Marcus Pierre (org.): Um bom academicista também pode gostar de cultura pop. Foto: Arquivo pessoal
Pros meus amigos e leitores que não estiveram presentes, gostaria então de compartilhar meu “discurso oficial de posse” como um acadêmico real e de fato, batizado de “Hay Cinema? Soy contra!“. Foi assim…
“O cinema é um espelho individual, uma “câmara escura” da realidade, mas também terreno de tantas inexatidões. Mas tudo é ou pode ser muito divertido.
O ambiente da minha casa sempre foi muito preenchido por letramentos – por causa dos livros da mamãe – muita música, e também por filmes, proibidos ou não. Isso me aproximou muito da comunicação.
Nesses últimos tempos tenho percebido um movimento forte no audiovisual que gera e regenera a participação dos negros na indústria do audiovisual. (Aí incluo, séries, curtas, televisão e cinema)
Sem spoilers, o artigo aqui exposto (no livro) em pareceria com a Profa. Lívia, torna concreto essa hipótese.
Impactado pela força da surpreendente história do filme “Vingança & Castigo”, colaboramos para demonstrar como uma já citada inexatidão pode causar um tiroteio às cegas e afetar a construção de realidades.
Lançamento: Veja o filme e leia o livro. Foto: Arquivo pessoal
Teresina e o Piauí de forma geral não mais possuem consistentes críticas ou análises de cinema/filmes como um dia tivemos nos mais diversos meios de comunicação locais. Nem a comunicação alternativa, berço dessa prática, anda praticando isso, e quando – ou se pratica – é mambembe no sentido ruim.
Se sofremos com um percentual cada vez menor de leitores, não vamos deixar nem o samba e muito menos o cinema morrer.
Agradecimentos especiais aos professores organizadores, a turma do programa de Pós-Graduação em História (meu segundo amor) que proporcionou uma expansão de conhecimento, ao novo amigo e sábio nerd Prof. Marcus Pierre, ao programa de Pós-Graduação em Comunicação (minha casa) e a minha orientadora Profa. Lívia Nery, e principalmente para minha mãe aqui presente, Professora Dra. Bárbara Maria, que nunca acordou de madrugada quando eu fugia da cama pra ver os mais diversos filmes na TV da sala.
Nessa segunda (09/12) de lançamento, também um dia de anúncios e celebrações de indicações de um filme brasileiro a um importante prêmio internacional, o convite que fica é: assistam aos filmes e leiam esse livro”. (HD)
Excelente! Parabéns, meu amigo. Você merece!
Parceiros! Valeu.