O Governo do Estado divulgou o resultado dos projetos produtivos selecionados para o Programa Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI). Foram selecionadas 170 entidades da agricultura familiar, sejam associações ou cooperativas, que se cadastraram no edital de credenciamento e tiveram a pontuação necessária para habilitação.
Serão atendidos projetos de 74 municípios do semiárido piauiense, dentre os quais, estão os Territórios Vale do Sambito, Vale do Canindé, Vale do Guariba, Vale dos Rios Piauí e Itaueira, Chapada Vale do Rio Itaim e Serra da Capivara, além do Território Entre Rios, exceto Teresina. Os projetos selecionados vão atender 11,5 mil famílias.
Foram selecionadas 49 atividades de ovinocaprinocultura, 40 de apicultura, 27 de avicultura caipira, 22 quintais produtivos, 14 de mandiocultura, 5 de cajucultura, 2 de artesanato e 2 de piscicultura, além de 9 categorizadas como ‘outros’.
A partir de agora, com a habilitação do projeto, as equipes da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) farão visitas técnicas as 170 entidades selecionadas para checar informações e preparar a etapa de elaboração dos projetos. Em seguida, será feita a organização e documentação da associação para que se obtenha a habilitação plena para a execução efetiva das propostas.
Cada projeto selecionado vai receber um aporte de até R$ 400 mil – de associações ou cooperativas da agricultura familiar para adaptação produtiva, seja para a instalação de projetos de energias renováveis, infraestrutura hídrica, equipamentos para melhoramento no projeto produtivo, dentre outros.
Além das 170 que se habilitaram, outras 42 ficarão em cadastro de reserva. As entidades poderão recorrer das notas que obtiveram, a partir desta quarta (25) e até sexta-feira (27), pelo sistema SIGRP.
Clique aqui para acessar o resultado
Clique aqui para acessar o sistema SIGRP
Piauí Sustentável e Inclusivo
O Programa Piauí Sustentável e Inclusivo (PSI) é uma iniciativa do Governo do Estado e foca em melhorar a convivência com o semiárido e a adaptação frente às mudanças climáticas.
Estruturado em três componentes principais, o projeto conta também com a gestão de projetos e monitoramento. O primeiro componente foca em segurança hídrica e saneamento rural, visando aumentar a disponibilidade de água e melhorar o saneamento básico rural.
O segundo componente concentra-se em adaptação às mudanças climáticas e recuperação ambiental, promovendo planos de adaptação produtiva, transferência de tecnologias e fortalecimento de cooperativas.
Já o terceiro componente, abrange capacitação, estudos técnicos e ambientais, além de experiências-piloto para inovação tecnológica em áreas rurais, visando fortalecer as capacidades no estado com treinamentos, promoção de intercâmbios, gestão do conhecimento e o monitoramento do projeto.
Para financiar o projeto, o Estado do Piauí assinou um contrato de empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo de Investimento para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida) no valor de US$ 118 milhões, com o governo estadual aportando recursos próprios no valor de US$ 29,5 milhões, totalizando US$ 147,5 milhões.
O PSI é uma ação articulada entre a Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), Secretaria do Planejamento (Seplan), Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e o Instituto de Terras do Piauí (Interpi).