fonte: da redação
O governador em exercício do Piauí, Themístocles Filho, participou, nesta segunda-feira (20), no Palácio de Karnak, da abertura da exposição fotográfica “Trindade Vive”. A apresentação homenageia Francisca Trindade, política e mulher negra de grande atuação no combate ao machismo, feminicídio e racismo no Piauí, mas que veio a falecer precocemente em julho de 2003, quando tinha apenas 37 anos, vítima de aneurisma cerebral.
No Piauí, Francisca Trindade iniciou a sua trajetória de luta com atuação em movimentos comunitários e da juventude, representando por muitas vezes o estado nacionalmente. Em seguida, foi vereadora da capital Teresina e, posteriormente, deputada estadual e federal pelo Piauí.
A exposição, que tem início justamente no Dia Nacional da Consciência Negra, estará aberta para visitação até sexta-feira (24), das 8h às 18h, no Salão Branco do Palácio de Karnak. A apresentação conta com fotografias selecionadas a partir do acervo de sindicatos, do Diretório do Partido dos Trabalhadores (PT), da família e da Fundação Francisca Trindade.
Durante a solenidade de abertura, muitas homenagens de amigos e familiares foram prestadas, além de apresentações artísticas. O governador em exercício, Themístocles Filho, exaltou a importância de Francisca Trindade na luta por justiça e igualdade no Piauí. “Uma exposição linda e importante para manter o seu legado vivo”, disse o gestor.
A ideia de fazer uma exposição em homenagem à Francisca Trindade surgiu do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi), Franzé Silva. Segundo o gestor, a ideia é que a apresentação seja rotativa e chegue até às escolas estaduais. “Não queremos que esse grande acervo fique guardado. Queremos que essa exposição passe pelas escolas estaduais em Teresina e depois siga para o interior do Piauí. Afinal, entendemos a importância de que os nossos jovens saibam quem foi Francisca Trindade, conheçam a sua história e sejam inspirados”, destacou o presidente da Alepi.
A irmã da homenageada e presidente da Fundação Francisca Trindade, Marli Trindade, destacou a sua emoção com a exposição. “Ela deixou um lindo legado e não pode ser esquecida. O seu trabalho de luta por igualdade e pelos direitos humanos reverbera até os dias atuais. Ela sempre lutou e buscou melhores condições de vida aos que mais precisavam. Então, precisamos relembrar e dar continuidade a esse trabalho”, disse Marli Trindade.
A curadora da exposição, Margareth Leite, destacou que as homenagens à Francisca Trindade são justas e ajudam a manter o seu legado vivo. “Era uma mulher sem igual. Ela deixou uma marca tão forte que é lembrada até os dias atuais. É uma exposição linda, que surgiu a partir de muito trabalho e pesquisas, com o intuito de representar da melhor forma a sua luta”, destacou a curadora.