Da Redação
Uma das pesquisas mais recentes sobre a melhoria de renda da população mostra um salto do Piauí em relação a outros estados e também em comparação à região Nordeste. Segundo a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS) 2023 do IBGE, o rendimento médio real do trabalhador piauiense cresceu mais do que o rendimento médio nacional e já superou a renda do trabalhador nordestino.
Em 2012, a renda média do trabalhador brasileiro era de R$ 2.684 e a do piauiense, R$ 1.515. Dez anos depois, a renda média nacional caiu ligeiramente 0,9%, passando para R$ 2.659. Já a piauiense alcançou 1.939, um aumento de 28%.
Esse crescimento do rendimento do trabalhador piauiense reduziu a desigualdade entre a média local e nacional. Enquanto que em 2012, a renda do trabalhador do Piauí representava 56% da renda do brasileiro, em 2022 ela correspondia a 73%.
Em relação ao Nordeste, o Piauí se destacou mais ainda. Enquanto que em 2012, a renda do piauiense (R$ 1.515) era inferior à média da região (R$ 1.809), em 2022, a situação se inverteu. O Piauí saltou para R$ 1.939 e o nordestino cresceu muito pouco: subiu para R$ 1.812 no período.
Piauí tem segunda maior renda per capita do Nordeste
O IBGE também atestou que o rendimento domiciliar per capita do Piauí em 2023, de R$ 1.342, foi o segundo da região Nordeste, atrás apenas do Rio Grande do Norte (R$ 1.373). Além disso, ficou na frente de 10 estados da federação.
O rendimento domiciliar per capita foi calculado como a razão entre o total dos rendimentos domiciliares (nominais) e o total dos moradores. Nesse cálculo, são considerados os rendimentos de trabalho e de outras fontes. Todos os moradores são considerados no cálculo, inclusive os pensionistas, empregados domésticos e parentes dos empregados domésticos.
Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos de trabalho e de outras fontes, efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das primeiras visitas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua feitas no 1º, 2º, 3º, e 4º trimestres de 2023.
G20 e Aliança Global
Políticas públicas bem-sucedidas de segurança alimentar e de diminuição da pobreza, baseadas em evidências como a do Piauí, estão sendo debatidas no âmbito da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza no G20. A ideia de formar uma Aliança é uma iniciativa do presidente Lula, que começou a ser trabalhada quando o Brasil assumiu a chefia do G20 em Nova Delhi, na Índia, no ano passado. A proposta é oferecer uma cesta de experiências exitosas de diversos países a outras nações que queiram adaptar e implementar estas políticas públicas em seus territórios.
Aberta a todos os países, a Aliança Global visa estabelecer um mecanismo prático para mobilizar recursos financeiros e conhecimento de onde são mais abundantes e canalizá-los para onde são mais necessários, apoiando a implementação e a ampliação da escala de ações, políticas e programas no nível nacional. Entre os objetivos, estão os de evitar a duplicação de esforços e de dar o impulso político necessário para mobilizar os fundos e mecanismos existentes e melhor organizá-los em torno de dois princípios: o foco nos mais pobres e vulneráveis; e a implementação consistente de políticas nacionais.
Entre 22 e 24 de maio, a Força-Tarefa montada para consolidar essa iniciativa terá sua segunda reunião presencial, com a participação de 52 delegações internacionais, com o objetivo de consolidar os instrumentos fundadores da Aliança Global. A expectativa é que a Aliança seja lançada no fim do ano, durante a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro.