Da Redação
A partir do dia 4 de junho, o Instituto Unibanco apresenta, em parceria com TVs educativas de seis estados brasileiros,os documentáriosvencedores do “Edital Conexão Juventudes”, realizado em parceria com o Instituto de Políticas Relacionais (IPR) e a Brasil Audiovisual Independente (Bravi). Com 26 minutos de duração, os filmes retratam o cotidiano de jovens estudantes durante a pandemia do Covid-19 epassam por temas como situação de estudantes imigrantes, educação indígena e afro-centrada, falta de acesso à internet, violência urbana e dificuldades para compatibilizar emprego e estudo, entre outros.
O cronograma prevê a exibição de um filme por semana, de 4 de junho a 9 de julho, às 12h na TV Antares (PI), às 11h30min na Rede Minas (MG),TV Ceará (CE) e TV Sagres (GO), e às 14h na Rádio e Televisão do Espírito Santo – RTV (ES). Além disso, nas segundas-feiras consecutivas, de 6 de junho a 11 de julho, os documentários serão exibidos também na TV Universitária (RN), sempre às 18h.A ordem de exibição dos filmes será: “Onde aprendo a falar com o vento” (dias 4 e 6 de junho); “Contraturno” (11 e 13 de junho); o piauiense “desConectados” (18 e 20 de junho); “Antes do livro didático, o cocar” (25 e 27 de junho); “Adolescer” (2 e 4 de julho); e “Terremoto” (dias 9 e 11 de julho).
O diretor e autor de documentários e filmes de ficção João Jardim, que participou da seleção dos projetos e realizou uma mentoria para as produtoras durante o processo de finalização dos filmes, fala da qualidade das produções: “O resultado é um retrato muito bonito sobre como diferentes regiões do Brasil lidaram com a pandemia do ponto de vista da educação. Você tem desde a ausência total até uma forma em que a escola foi salvadora. E cada projeto tem muita personalidade. Além disso, vale a pena ver os filmes porque eles trazem uma visão positiva sobre o mundo que a gente vai construir a partir de agora”.
Sobre o edital
Com apoio técnico e financeiro no valor de R$ 130 mil por documentário, o Edital Conexão Juventudes selecionouseis produtoras, que desenvolveram filmes de 26 minutos retratando os desafios e o cotidiano de jovens de cinco estados brasileiros durante a pandemia do Covid-19.
A escolha dos projetos – entre dezenas deinscritos – ficou a cargo de uma comissão julgadora composta pelos cineastas João Jardim, já mencionado, João Moreira Salles e Val Gomes, além de Tiago Borba, gerente de Planejamento e Articulação Institucional do Instituto Unibanco; Mauro Garcia, presidente da Brasil Audiovisual Independente (Bravi); e Eliane Costa, coordenadora do MBA Bens Culturais: cultura, economia e gestão, da Fundação Getúlio Vargas. Já durante a execução, as produtoras receberam mentoria, além de João Jardim, da cineasta Marcia Medeiros, na montagem.
“Para nós, é uma grande satisfação promover iniciativas como esta. Com uma importante diversidade regional, os documentários apresentados contam histórias que dialogam com os desafios das juventudes brasileira e do Ensino Médio público”, afirma Tiago Borba, do Instituto Unibanco.
Todos os filmes foram criados e produzidos por equipes locais, com o olhar do território, formando um mosaico de linguagens audiovisuais e perspectivas da educação, abordando temas diversos, como a adolescência, educação indígena, imigrantes e educação afrocentrada, entre outros. O contexto da pandemia atravessou todos os filmes, sem se sobrepor à proposta central de cada um.
FICHA TÉCNICA RESUMIDA DOS DOCUMENTÁRIOS:
Nome: DesConectados
Produtora: B&T Audiovisual
Estado: Piauí
Direção:Márcio Robério de Sousa Magno (Bigly)
Sinopse:DesConectados narra os maiores desafios enfrentados por estudantes do ensino médio da única escola pública estadual de Tanque do Piauí, semiárido piauiense, durante a pandemia de Covid-19, onde o acesso à internet não é realidade para todos e se faz tão essencial no atual contexto para dar continuidade aos estudos. Uma história de luta pelo direito a educação e acesso digital, que revela a força da juventude como ação transformadora de sua própria realidade
Trailler:https://youtu.be/PpQQUjTmKgg
Nome: Adolescer
Produtora: 55 CINE
Estado: Espírito Santo
Direção:Gustavo Pimenta Moraes
Sinopse: Adolescer é um documentário sobre a transformação vivida por jovens da periferia da Grande Vitória, originalmente predestinados ao fracasso, que estudavam em uma escola desacreditada pela comunidade. Vivendo em uma região pobre, em meio ao tráfico, e em uma área vista pela mídia local como a mais violentada do estado, estes jovens encararam o desafio de entrar na vida adulta e com apoios de familiares, amigos e da escola, buscar um futuro melhor.
Trailler:https://youtu.be/8XNP4wrlywo
Nome: Contraturno
Produtora: Panaceia Filmes
Estado: Goiás
Direção: Larissa Fernandes e Deivid Mendonça
Sinopse: Contraturno é um documentário que acompanha três adolescentes na retomada das aulas presenciais em Goiás. Mas, para eles, há um desafio em especial: conciliar a rotina da adolescência, os estudos e o trabalho. O filme aborda alguns dos motivos de abandono e evasão, a crise que a pandemia projetou na educação, e a jornada dupla de adolescentes e como os marcadores raciais atravessam tudo isso.
Trailler:https://youtu.be/0TmDyYTEKhQ
Nome:Onde Aprendo a Falar com o Vento
Produtora: Apiário Estúdio Criativo
Estado: Minas Gerais
Direção:André Anastácio de Oliveira Gomes e Victor Dias dos Santos
Sinopse: O filme traz a discussão sobre educação decolonial, protagonizado por um grupo de jovens negros, alvos de racismo na escola, que criaram sua festa de Reinado, em Oliveira (MG).
Trailler:https://youtu.be/elNPQn-BLgM
Nome:Antes do Livro Didático, o Cocar
Produtora:BOBOX ProduçõesABOCA Audiovisual
Estado: Rio Grande do Norte
Direção: Rodrigo César Cortez de Sena
Tema: O projeto foca em um recorte da juventude potiguara da cidade de Canquaretama-RN, na comunidade do Catu, que foi desvinculada de suas raízes indígenas ao longo de um processo histórico de opressão e invisibilidade. Em meio a essa realidade de falta de perspectiva social, esses jovens têm sua capacidade de sonhar com um futuro melhor apagado e poucos são os que conseguem terminar o ensino médio. Há, porém, raras exceções, jovens indígenas que chegam ao ensino superior.
Trailler:https://youtu.be/fEMxExBiWIw
Nome:Terremoto
Produtora:Filmes de Plástico
Estado: Minas Gerais
Direção:Gabriel Martins Alves
Sinopse: Em 2010 o Haiti sofreu com um terremoto de grande magnitude que deixou mais de 300 mil mortos. Dentre as vítimas estava a família de Nicolson e Niky Augustin, dois jovens haitianos. Tentando se reerguer nos anos seguintes, a família dos garotos não viu saída a não ser se mudar para o Brasil, mais especificamente a periferia de Contagem, Minas Gerais. Ali, sem saber falar o idioma, eles tiveram que se adaptar a uma nova realidade e educar seus filhos.
Trailler:https://youtu.be/ZGrbzNX27XE