“É preciso empreender práticas efetivas de acessibilidade e inclusão à pessoas cegas ou com baixa visão no Judiciário do Piauí”, afirma o corregedor-geral da Justiça piauiense, Olímpio José Passos Galvão, ao assinar, nesta quinta-feira (06), o termo de cooperação do projeto Novos Caminhos, uma parceria da Corregedoria Geral com a Associação dos Cegos do Piauí.
O projeto visa, além de aproximar pessoas cegas ou com baixa visão do Judiciário piauiense através de visitas institucionais e eventos, promover palestras e capacitações entre magistrados(as) e servidores(as) acerca de temáticas inclusivas, bem como a criação de uma cartilha em Braile aos estudantes do Instituto dos Cegos.
“O Novos Caminhos é um projeto desenvolvido pela Corregedoria Geral para promover a inclusão de pessoas cegas ou com baixa visão no Judiciário, o que será engrandecedor para essa parcela da população que necessita de apoio e estímulos, o que se dá aqui por meio do conhecimento do que é o Judiciário e a sua função social. Para o Judiciário também é gratificante, pois enquanto instituição, se coloca como agente inclusivo de toda a população”, relata o corregedor-geral da Justiça piauiense, Olímpio José Passos Galvão.
De acordo com o presidente da Associação dos Cegos do Piauí, Ionadson Marques Bastos, a parceria entre as instituições será de grande valia a população cega piauiense.
“É uma satisfação muito grande para nós participarmos da assinatura desta nova parceria com a Corregedoria, que trará grandes benefícios a todos que participam da Associação dos Cegos, pois tornará o conhecimento de como funciona a Justiça piauiense acessível ao público cego”, comenta Ionadson Marques.
Para os gestores do projeto, Elias Ribeiro de Moura Júnior e Marianna Guimarães Sobral Cabral Nunes, o Novos Caminhos surgiu para abrir portas e possibilidades entre a sociedade e o Judiciário.
“A ideia é que possamos acolher os deficientes visuais de forma a rompermos as barreiras atitudinais existentes e proporcionar conhecimento de modo que eles se sintam aptos a frequentar, entender e fazer parte do judiciário”, explica Elias Ribeiro de Moura Júnior.
“O rompimento das barreiras começa com o conhecimento, e assim nasceu esse projeto inclusivo que parte da premissa do acolhimento e do conhecimento do que é a Justiça, do seu papel na sociedade e, sobretudo, que ela deve ser acessível a todos. É um projeto que muito nos gratifica”, afirma Marianna Guimarães Sobral Cabral Nunes.