fonte: da redação
O campus Deputado Jesualdo Cavalcanti, da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), do município de Corrente, no sul do estado, promoverá, no dia 14 de novembro, o Sarau da Consciência Negra, com diversas atividades voltadas para a discussão sobre as questões que envolvem a comunidade negra.
A ação faz parte de um projeto de extensão denominado “Democracia Racial”, que tem como objetivo discutir o racismo estrutural e a valorização da população negra na sociedade. O projeto é coordenado pela professora Maria Andreia Nunes em parceria com o professor Alcir Rocha, diretor do campus.
O evento conta ainda, com uma variedade de atividades, incluindo oficinas de turbante e abaione; um desfile que destaca a beleza dos traços africanos; declamação de poesias; falas sobre a importância da inclusão do negro na sociedade; a política de cotas utilizada pela Uespi e a relevância da branquitude antirracista.
Para a professora Andreia, o entendimento é de que a escolha do mês do projeto é propício, devido a data de proximidade com o dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro. A docente afirma que o Piauí é um estado onde a maioria da população se declara preta ou parda e que, a partir disso, veio o entendimento da criação de um espaço que discuta essas questões e promova um local onde essa população possa se expressar.
Importância do mês da Consciência Negra
Consciência Negra significa reconhecer e valorizar a luta dos negros, a cultura negra brasileira e suas contribuições para a constituição de nossa sociedade. No Brasil, a data é celebrada no dia 20 de novembro, e além de homenagear a cultura e lutas dos povos negros, reforça a importância da sociedade como um todo, de refletir e agir para combater o racismo estrutural no país.
Na Uespi, as políticas de inclusão são trabalhadas desde a sua fundação. O sistema de cotas é uma dessas políticas. A instituição reserva, em cada seleção para ingresso nos cursos de graduação, no mínimo 50% das vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o Ensino Médio em escolas da rede pública de ensino, com renda per capita de até 1,5 salários mínimos. Destas reservas, 45% serão destinadas a pessoas negras, pardas, quilombolas e indígenas.