Da Redação
Bombeiros militares do Piauí participam de missão humanitária no combate a incêndios florestais na faixa de fronteira entre o Brasil e a Bolívia. Do total de 62 bombeiros de todo o país que participam do trabalho, 37 são agentes militares da Força Nacional de Segurança Pública e 25 do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Os tenentes Marcos Nunes e Francisco Gilberto, do Corpo de Bombeiros Militares do Piauí, já estão no local desde o dia seis de setembro. De acordo com o Comando Geral da corporação, eles são especializados no combate a incêndios em vegetação e estão reforçando as operações na fronteira entre os dois países.
“Essa missão se deu em resposta ao aumento significativo dos focos de incêndio na região que abrange aproximadamente 133 km, ameaçando biomas importantes. Os militares que foram selecionados para esse trabalho colaborativo levam todo o aprendizado e a honra de estar servindo o Brasil. Ganham eles que se especializam nesse tipo de combate, à natureza e nosso quartel que terá dois militares com experiência internacional para repassar às nossas equipes”, destacou o comandante Geral dos Bombeiros Militares do Piauí, José Arimatéia Rego.
Segundo relatórios do Ministério das Relações Exteriores, as queimadas ameaçam comunidades indígenas e importantes áreas de preservação ambiental como Parque Estadual de Corumbiara, em Rondônia e o Parque Estadual Ricardo Franco, no Mato Grosso.
“Já estamos no combate destes mais de 130 quilômetros de incêndio, de acordo com relatórios de satélite, seria uma das maiores frentes de fogo do mundo já enfrentada e que se espalha ao longo de toda área da fronteira. Aqui na Bolívia, estamos a cerca de 400 km da capital, mas temos todo o apoio necessário da Liga Nacional dos Militares e da Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (LigaBom). A intenção é substituir as equipes que estão no combate direto aos incêndios e conseguir controlar os focos de calor, preservar a vida e o meio ambiente”, explicou o tenente Marcos Nunes, do Corpo de Bombeiros do Piauí.
Os bombeiros piauienses deverão passar mais 10 dias, além dos 20 previstos pela LigaBom, já que um novo plano de combate sugeriu que todos os bombeiros continuassem no local.
A coordenação é do Ministério das Relações Exteriores, por meio da Agência Brasileira de Cooperação. Os trabalhos são chefiados por especialistas em desastres do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.
O comando da missão trabalha em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).