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O presidente francês Emmanuel Macron é um dos chefes de Estados da União Europeia que atua claramente para que a Europa se prepare para um cenário de uma não ajuda dos americanos na luta dos ucranianos, na defesa da sua soberania política e territorial contra a Rússia, o país invasor. É fato que a atual política externa dos Estados Unidos da América tenta validar um discurso pró-Rússia e, neste sentido, a Europa não pode mais permitir um acordo em que as decisões sobre a Ucrânia e da própria Europa sejam tomadas entre Washington e Moscou.
Neste sentido, o diálogo entre Rússia e Estados Unidos é desastroso, pois, se busca uma paz sem ouvir e atender todas as partes: Rússia, Estados Unidos da América, Europa e a Ucrânia. É inegável que a situação atual não deixa ilusão para a Europa de que a ameaça representada pelo regime de Putin não seja uma realidade futura
Quem hoje acredita que a Rússia, se conseguir continuar suas conquistas territoriais, irá parar na Ucrânia? Está evidenciada que essa nova geração não poderá beneficiar do dividendo da paz. Está claro que a relação entre a Europa e Estados Unidos não será mais a mesma. Estamos a assistir uma assimetria, ou seja, um distanciamento cada vez maior entre a Europa e o governo de Donald Trump.
Os presidentes Putin e Donald Trump não são confiáveis. Donald Trump, com sua política externa unilateral e de imposição — típico de um gângster americano — levará a Europa, quer queira ou não, como ficou claro na reunião entre os líderes europeus, de forma uníssona que o velho continente deve preparar as garantias de segurança para a Ucrânia e para a própria Europa. Na visão dos europeus, o financiamento de 800 bilhões de Euros e, uma possível missão militar, como defende Emmanuel Macron, garantiria um espaço maior na mesa de negociação para uma eventual paz futura.
Por: Professor Sucupira