O magnata Donald Trump foi considerado culpado no julgamento de Nova York, tornando-se o primeiro ex-presidente dos EUA a ser um criminoso condenado, depois de 12 jurados o considerarem unanimemente culpado em todas as 34 acusações de falsificação de registos comerciais num esquema para influenciar as eleições de 2016. A condenação não o impede de concorrer à presidência. O hoje condenado Donald Trump já tinha sobrevivido às condenações por fraude em seus negócios, dois impeachments no Congresso, suas responsabilidades políticas pelo ataque ao Capitólio, além de outras acusações, mas no julgamento pelo tribunal de Nova York, por unanimidade, os jurados consideraram Donald Trump culpado. O impacto da condenação, onde a palavra culpado foi pronunciada 34 vezes para as 34 acusações, ecoou pela “aldeia global”.
Donald Trump–o condenado – candidato a presidente dos EUA é um perigo para a democracia estadunidense e para o mundo. Logo após a condenação, o seu primeiro discurso como candidato foi carregado de Fake News, onde declarou: que existe um recorde de terroristas entrando nos EUA, da Venezuela estariam entrando criminosos soltos pelo governo venezuelano e que estaria ocorrendo uma invasão de jovens chineses, um jovem “exército chinês”. O uso de Fake News de forma sistemática como base de projeto político ao longo do seu governo anterior foi presente e, agora, em plena campanha presidencial, a Fake News é real e utilizada para desacreditar as instituições do Estado, o que reflete o perigo para a democracia. O America First, doutrina política do governo de Donald Trump, esteve sustentado no slogan: “Torne a América grande novamente”, que, na prática, refletiu um governo nacionalista ufanico, negacionista, climatocético, unilateralismo, onde o isolamento é uma de suas nuances.
É fato é que o condenado Donald Trump tem musculatura política extremamente forte entre os republicanos e conservadores, formado pelos estados que compõem o “biblebelt” (ou “cinturão bíblico”), além dos agrupamentos da direita e da extrema-direita. Esta força política e financeira estará exposta na corrida eleitoral até a eleição em novembro deste ano. Será uma eleição muito disputada no nada democrático processo eleitoral norte-americano, onde a eleição do presidente é indireta, ou seja, o eleitor votar no presidente, mas elege os “delegados” do partido representantes dos estados. No final, o Partido que elege mais delegado vence as eleições, pois são os delegados que elegem o presidente dos Estados Unidos, mesmo que o candidato derrotado tenha mais votos entre os eleitores norte-americanos.
Autor: Prof. Sucupira